quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Carris apronta das suas...


Quando cheguei hoje ao Campo Grande e procedi como habitualmente à recolha para leitura dos 3 jornais de distribuição gratuita no local, tive uma grande surpresa. Um VENDAVAL parecia ter passado por ali mas, estranhamente, só tinha atingido o jornal DESTAK. Passo a explicar: estes jornais estavam espalhados por todo o lado!

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Dentro da estação do metro, no chão, ao monte e desorganizados, à saída, em TRÊS montes, todos revirados, com os jornais atirados ali, alguns sujos de porcaria, mais outro molhe deles espalhados no "muro" que acompanha a parede que vai até a entrada do centro. Porquê estariam assim? Afinal, o jornal METRO estava, como sempre, morninho e arrumadinho dentro dos suportes próprios, junto às escadas. O jornal GLOBAL, que habitualmente acaba muito depressa, estava a ser dado manualmente, como habitual, pela rapariga jovem que não costumava reagir ao meu "Obrigado". E o DESTAK? Porquê estava naquele caus?

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Porque a Carris estava a distribuir passes no interior! Bilhetes de transporte, com 10 viagens!!! Ora, as pessoas, pelos vistos, decidiram agir como selvagens e desataram a ARRANCAR os cartões colados na página interior. Não para ficar com um ou dois, mas com todos a que conseguissem botar a mão!

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Eu, que chego ali cedo, apenas uns minutos depois da altura da distribuição ter início, já não tive direito a nada... para ler o jornal, tive de me agachar e procurar, no meio do chão, um que me parecesse menos sujo...

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As pessoas também, há que dizê-lo: não têm brio! Há uma falta de civismo, uma forma quase infantil de se comportarem perante um brinde. Está claro, trata-se de um "público-alvo" diversificado: todo o tipo de pessoas anda de transportes públicos. Mas existe uma MAIORIA, que são as pessoas mais necessitadas, portuguesesas e emigrantes, com menos posses e instrução. Uma situação deste porte até seria previsível. Que desagradável ter acontecido! Não acham? Não reflecte bem na imagem do povo português... (diga-se também que, neste contexto, não é só português mas muito diversificado...).

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Só uma vez vi e recebi uma oferta de um destes jornais. Tratou-se de uma pequena garrafa de água. Veio mesmo a calhar. Estava com muita sede e não trazia uma comigo. Pena que era mesmo pequena. Mas a distribuição estava a ser feita ordenadamente. As pessoas fizeram fila e recebiam em mãos, com educação, a garrafa com o jornal. Ora a Carris ou os responsáveis por isto, não podiam ter adivinhado? Andava no local a habitual distribuidora do jornal DESTAK, como habitualmente, aparentando um ar um tanto atarantada, certamente insatisfeita com o que ali se passou. (O que se terá passado, realmente? Foi um grupo de pessoas? Foram todas as pessoas? Foram uns «mal-encarados»)? Não sei. Vi apenas o lamentável resultado. Ouvi alguém comentar que a polícia tinha aparecido e, de facto, no meio de tantas pessoas, vi um fardado. Chegou tarde mas... é caso para perguntar onde estavam os seguranças? Vejo-os todos os dias, à chegada, no outro lado da entrada, em grupo, em alta cavaqueira e muito cigarro. Até já me chegou a irritar, porque todos os dias estão sempre assim. A fumar e na conversa! Uma pessoa até tem de se desviar deles para passar! Mas, se calhar, não é função deles, eu sei lá! A questão "segurança" anda tão confusa por estes instantes... quem é quem, quem faz o quê... é melhor ter tanta apreensão em relacção a um uniforme, como a qualquer desconhecido!

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Até gostaria de receber um brinde nesta altura do Natal... já no no post anterior disse o mesmo...Deve ser uma necessidade de um mimo. It´s Xmas.... :)

2 comentários:

  1. Boas,

    Sou novamente obrigado a comentar um post deste blog que até axo alguma graça, sobretudo porque tem uma escrita simpática e acessível.

    Contudo, axo que continua a fazer uma presseguição ao nome Carris. Agora pergunto: Mas que culpa tem a Carris que as pessoas não tenham civismo e que não possam ver uma oferta num jornal gratuito?

    A empresa de transportes e o seu departametnod e marketing provavelmente pagou e não foi pouco, para ter aquelas 2 paginas exteriores e 2 interiores no DESTAK e cabe á empresa destribuidora desse mesmo jornal, gerir a distribuição e fazer com que os mesmos cheguem a todos o que não aconteceu.

    É que por sinal ontem nem nos autocarros se viam jornais deixados «esquecidos»

    Agora atribuir constantemente as culpas á Carris é que não entendo e repare que não ganho nada para a defender, mas há que ser justo e isento!

    Cumprimentos,

    RS

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  2. Caro RS, Claro que tem razão! Eu não sinto que faço "perseguição" à empresa, mas é dela que falo no blog. Compreendo a sua perspectiva mas repare que menciono a Carris "ou os responsáveis por isto" - abragendo aqui qualquer outro indivíduo(s) relaccionado(s) com o jornal/outros.

    Obrigada pelo seu comentário e sinta-se "obrigado" sempre que quiser, a sua opinião é bem vinda.

    Cumprs

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