sábado, 22 de dezembro de 2012

A MULTA - os que escapam e porquê?

O post intitulado "A MULTA" é o mais popular deste blogue. 
O mais consultado, o mais procurado.
Pois é exatamente sobre este tema que vim falar.

 CONTINUO REVOLTADA!
É o que acontece quando somos alvos de uma injustiça. E quando confrontados com a situação novamente, vezes sem conta, com outros protagonistas, e ter de assistir a um desfecho diferente, revolta MUITO mais.

Ontem entraram fiscais no autocarro onde viajava. Até achei bem pois cada vez vejo mais penetras a entrar sem pagar bilhete e com uma atitude à descarada. Os motoristas nada dizem e a imunidade continua. 

Os fiscais dirigiram-se ao rapaz que entrou no autocarro antes de mim. Este tinha colocado a carteira na máquina e apitado vermelho. Não tinha bilhete. Foi comprar junto ao motorista.

Atrás de mim o revisor pede o bilhete a outro rapaz. Resposta deste:
-"Não tenho. Não comprei, não tenho dinheiro (mas anda de autocarro)".

Os fiscais chamam-no até à frente do autocarro e vejo-os a falar. Em nenhum momento vejo papéis a serem trocados nem cartões de identificação a serem solicitados. O rapaz é deixado sair, na paragem QUE PRETENDIA SAIR, sem ser multado.


INJUSTIÇA!!!


Afinal, somos todos iguais ou não? É igual para todos? 
NÃO ME PARECE!!

O rapaz tinha todo o ar de fazer aquilo por sistema. Só a forma como respondeu já não deixa muitas margens para dúvidas. Se não se tem dinheiro, não se viaja de autocarro. Simples. Anda-se a pé. 
Ou então pedia emprestado uns poucos cêntimos para aquela viagem.
Mas não... ele queria era viajar sem pagar.  
Porque duvido que nos outros dias tivesse bilhete. 
Aliás, duvido que não se fosse enfiar noutro autocarro para viajar de borla.


FIQUEI REVOLTADA. 
Já vi muita coisa.
Vejo muitos penetras a entrar à descarada.
Mas desde que me passaram uma multa nas circunstâncias que descrevi, sem perdão, sem consideração, esperava presenciar o mesmo rigor quando outras pessoas são apanhadas sem título de transporte. Que foi o caso. Nem título de transporte os rapazes tinham! Mas não. Tenho visto os fiscais a deixarem os infractores seguir caminho. 
Estes só voltam a repetir a cena.
É que nem lhes pediram a identificação!!

QUAIS SÃO OS CRITÉRIOS, volto a perguntar?

QUAIS são os CRITÉRIOS?

É que a julgar por aquilo que assisto, os critérios é deixar ir sem multa todos aqueles que sistematicamente utilizam os serviços de borla e ser implacável com aqueles que pagam, desde que sejam velhos ou mulheres. É isso??

Já perdi a conta aos RAPAZES que deixam ir à sua vida sem passarem multa. No próprio dia em que me multaram tinham um autocarro cheio deles e os fiscais RECUSARAM-SE a entrar para fiscalizar!
E agora, nem documentos pedem?

Já vi uma fiscal maltratar um casal de idosos só porque estes fizeram uma pergunta qualquer. Eles tinham passe, mostraram-no. Está certo que idosos também são trapaceiros, mas a resposta azeda da fiscal foi totalmente desnecessária, provocatória e descontextualizada.

A mim, uma rapariga saída do trabalho, exausta, cansada, com o raciocínio deturpado pela exaustão, passaram logo multa. Sem perdão.

QUAIS OS CRITÉRIOS??

É que toda a minha vida tenho sido uma pessoa de princípios e que não tem qualquer intenção de viajar clandestinamente. Mas tudo isto deixa-me a perguntar se vale a pena. Tenho o meu nome «sujo» num registo qualquer. É injusto. E quando vejo outras pessoas apanhadas na mesma situação de viajarem sem título de transporte válido, ou, neste caso, SEM SEQUER UM TÍTULO DE TRANSPORTE, elas são perdoadas??

QUAIS SÃO OS CRITÉRIOS??
TENHO MESMO DE PERGUNTAR!
Está a fazer-me confusão.

Será a aparência das pessoas?
Quanto mais «chunga» melhor?
Será que os bem vestidos não são perdoados?
Mas os rapazes adolescentes são?
Serão mulheres o alvo preferencial?
E os idosos?

QUAIS OS CRITÉRIOS??
É que NÃO ENTENDO.

Impunidade para muitos.
Implacáveis com outros.

EU TENHO POR HÁBITO PAGAR BILHETE!!!
 Porque paguei eu uma multa se a quem não tem esse hábito até fecham os olhos?


Com estes tristes exemplos pondero virar «bandida».
Já que me cobram 2X por uma viagem...
é como se EU tivesse pago pelo bilhete daquele rapaz.

INJUSTIÇA!!!
QUAIS OS CRITÉRIOS, DEUS MEU?

11 comentários:

  1. De facto é uma situação vergonhosa, mas própria no país em que vivemos. Os motoristas nada dizem, apesar de terem obrigação de vigiar quem tem, e não tem bilhete. Por outro lado, as pessoas são multadas porque querem. Basta estar atento às paragens e ver quando entram os fiscais. Se fosse na Suíça os fiscais entravam à paisana, mas aqui é assim!
    O critério também deveria ser igual para todos: andam uns a pagar, para outros prevaricarem, sem que haja justiça. É revoltante, mas eu que conheço um pouco dos transportes por esse Portugal fora, posso afirmar que estes disparates acontecem mais frequentemente na Carris.

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    1. Este comentário é próprio de quem incentiva à fraude!está mal.Os motoristas podem chamar a atenção para o facto de alguém tentar passar sem validar qualquer título de transporte,mas também estão sujeitos a todo o tipo de reacções ,sejam verbais como físicas e como toda a gente gosta de chegar a casa sentar-se à mesa e jantar ou almoçar com a família(quando os horários é permitido)sem mazelas.Se todos andarem legais, determinados comentários não necessitavam de ser publicados,e a Carris ainda é a melhor transportadora de superfície a prestar este serviço mesmo com cortes de carreiras além de porem ao dispor do cliente vários sistemas de tarifário para evitar que os clientes cometam fraudes.

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    2. Cada vez me incomoda mais constatar o crescente número de pessoas que entram no autocarro de forma incorreta. Por exemplo: quando vou a sair, três ou quatro decidem entrar... Enquanto uma fila de outras pessoas, ou simplesmente duas ou três estão pacientemente a entrar pela frente. Os que entram pelas traseiras, podem encontrar lugar mais cedo e não vão validar o bilhete lá à frente... porque perderiam o lugar. Isto, se tiverem bilhete.

      A coisa está muito mal e há sempre muita coisa que se podia fazer mas não se pode fechar aos olhos aos critérios duvidosos para as multas, nem para as NÃO multas...

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    3. Isso ja nao resulta pois eles fecham as portas atrás e abrem apenas a frente para os fiscais entrarem e só depois é que deixam as pessoas sair, mas é realmente irritante ver que qualquer pessoa que tenha um aspecto, "pior" é perdoada, uma vez vi um casal cigano com 2 filhos, 4 pessoas sem bilhete e o fiscal não passou multa nem disse nada, meteu o rabinho entre as pernas e foi a vidinha dele.

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    4. Caro anónimo, já vi "n" situações. Todas nos revoltam quando são injustas - sejam para que lado for. Já me encontrei na fila para entrar na paragem inicial de um autocarro, aguardando pacientemente a vez, chega de trás um rapaz meio mal vestido, vai apressado, qualquer um deduz que tem urgência para algo, e não é que ele simplesmente chega-se na frente, introduz-se no meio dos que estão a entrar e enfia-se no autocarro sem sequer fingir passar o cartão na máquina?

      E depois estas pessoas viajam SENTADAS, enquanto outros que não furam filas e pagam bilhete por vezes só têm lugar de pé.

      Se o motorista notou? Pois deve ter notado. Ele e tantos outros. Mas a maioria não faz nada - talvez com receio, porque a sua função é tão somente conduzir ou porque não ganham para os problemas que daí podem advir. O rapaz levava um casaco dobrado no braço, como a querer "fingir" que escondia a carteira ou outro tipo de instrumento por debaixo. Se calhar já é um esquema para amedrontar e enganar.

      Cansei de ver "baldas" a entrar nos autocarros, pela porta da frente e pela de trás. Até refilei uma vez com um indivíduo que, quando eu estava a sair, se enfiou no interior. Quase que não saí. O que diz sobre eles fecharem as portas de trás não é bem verdade. Quando fui multada podia ter escapado por essa porta. Além de ser a paragem onde ia para sair e mudei de ideias devido ao cansaço, as portas mantiveram-se abertas o suficiente para mais TRÊS pessoas, após as primeiras terem saído, passarem por mim a correr e sair do autocarro. Os fiscais ainda não haviam entrado, só os viram na paragem. Pelo que não há nada a fazer: primeiro têm de abrir as portas e deixar as pessoas sair. Esses três - um de fato e gravata devo dizer, provavelmente sairam a correr por não viajarem com bilhete válido. Digo isto porque na paragem em questão não é costume surgirem outros autocarros para transbordo.

      Logo a seguir entro num outro autocarro em que o motorista insiste bastante, já com as portas de trás fechadas, para que os fiscais entrassem porque iam ter fazer uma "razia", que aquilo "estava cheio". Mas os fiscais viraram as costas e foram embora. Isso é revoltante!

      Agora conta desse caso da família cigana - diz que o fiscal meteu o rabinho entre as pernas e foi à sua vida. É bem provável disso ter fundamento. Se eles se depararem com pessoas que podem lhes causar aborrecimentos ou apresentar algum tipo de ameaça, parece que não querem fazer o seu dever. Por isso têm preferência por pessoas desprevenidas ou que tiveram um azar qualquer que podia ser explicado e resolvido, não fosse a pressa em passar MULTA. Mulheres de preferência, idosos ou pessoas com ar cumpridor. No dia em que me desloquei ao local para pedir esclarecimentos foi quando entendi que existe MUITA gente a ser multada. O que é o mesmo que dizer que muitos viajam sem título válido. Nem todos são santos, é verdade, mas as pessoas que vi, até por estarem ali a pagar, não tinham aspecto de serem outra coisa senão pessoas geralmente cumpridoras do seu dever. Não vi nenhum mal-vestido por assim dizer. Só vi donas de casa, empregadas e um idoso.

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  2. Hoje a minha namorada apanhou autocarro da carris, e este vinha completamente cheio, entao ela so conseguiu entrar ficando junto à porta naquela "lata de sardinhas" sem conseguir picar o passe.
    Então conforme foram passando as paragens o autocarro foi esvaziando e ela esqueceu-se de picar o passe na máquina, então quando ia a sair na sua paragem aparece o pica e toca a passar multa, mesmo depois de ter ouvido a explicação dela e ele ter visto na máquina deles que ela tinha dinheiro no passe e tudo, mas não toca a não ser comprensível e "humilha-la", fazendo-a chorar à frente de todos e multa-la sem perdão algum. "Tenho de multa-la senão depois começam todos a andar com o passe carregado e não passam na máquina", disse-lhe algo asssim.
    Sério, isto deixa-me revoltado, se fosse um grupo de rapazes nem faziam nada, agora como era apenas uma jovem já têm coragem para se mostrarem superiores.

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    1. Pode ter sido esse o caso, pode não ter sido. O que tenho verificado é que depende muito da sorte! Afinal, quais são os critérios, se uns são apanhados e perdoados e outros não?

      Em todo o caso na prática as máquinas têm sempre a sua versão. E é essa que conta. O cartão tem de ser validado (já não é picado, isso agora parece que pertence a outro tempo ;) O tempo em que o chão do autocarro estava cheio daqueles quadradinhos de papel que caiam a cada obliteração).

      Suspeito e concordo: se fosse homem ao invés de uma jovem mulher as probabilidades de levar multa devem ser bem mais diminutas. Já o vi, por isso o digo. Também tenho visto muita gente a entrar, por vezes são as únicas pessoas a entrar naquela paragem, passam o cartão, dá som longo e cor vermelha, elas fazem careta de aborrecimento, voltam a tentar, dá vermelho e avançam na mesma. Julgo mais correto que nesse preciso instante fossem chamadas à atenção para regularizar a situação. O motorista sabe, escuta, vê. Deixa estar. Antigamente existia venda de bilhetes no interior dos veículos, em assentos individuais, um em cima de cada roda dianteira, eram ocupados por "picas", de modo que ninguém escapava ao controlo. Mas a redução de salários através da eliminação de postos de trabalho depressa os eliminou.

      Que existe muita gente que tenta fazer uma viagem de borla existe, isso não vamos fingir que não é verdade. A questão é que parece que umas, as que já viajam assim por sistema, ficam impunes e são libertas da multa para voltar a fazer tudo novamente. Outros têm menos sorte. E os critérios deixam bastante a desejar, visto que a ARGUMENTAÇÃO parece pesar pouco ou nada após o acto flagrante. Existem casos e casos. Deviam levar em consideração a presença de ANTECEDENTES ou a ausência dos mesmos. Pelo menos isso, para demonstrarem mais humanidade. Espero que a situação se resolva sem maiores questões.

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  3. Boa noite a todos,
    acedi a este post/blog por partilhar a mesma frustração que todos os que nele publicaram.
    Hoje, há cera de 3 horas (ainda estou a tentar digerir o assunto), aconteceu-me algo que não esperava. Tinha o passe caducado há 3 dias (tendo conhecimento disto mas como não tinha ido até ao metro, e não tinha andado de transportes nestes três dias, não tive oportunidade de carregar), mas como tinha um "viva viagem" com uma viagem, fui de autocarro para casa de uma amigo. Como ia distraia e com a cabeça noutro assunto que não o de entrar no autocarro (como quase sempre me acontece), passei esse tal título. Acontece que entraram uns fiscais, mas eu, despreocupada da vida, apresento o meu "viva". Eis que ele diz que não está validado. Surpresa minha! Pergunto: "mas aí não diz que tenho uma viagem?". Confirma-me que sim, até me imprime o papel e mostra, "vê está aqui uma viagem, mas diz não validada". E eu pedi imediatamente desculpa, não tinha 100% certeza que tinha validado, foi efetivamente distração minha. Eis que sugiro ir "passar verde" naquele momento pois ainda não tinha saído do autocarro, ainda estava na minha viagem "inválida", que poderia validar. Ele responde: "deixe estar, não gaste esse título". Eu achei estranho, mas nunca pensei que alguém me cobrasse multa por isto, quando assisto realmente a muitas pessoas que não pagam, nem têm títulos e eles nada fazem.
    Depois começa-me a perguntar os dados: data de nascimento e morada. O que acho inadmissível pois eu não devia ser obrigada a fornecer em voz alta e em frente de um autocarro cheio, os meus dados pessoais importantes, como a minha morada. O meu nome não perguntou, apenas deve ter visto o que estava escrito no passe. Escreveu os dados no verso de um daqueles "recibos" que sai das máquinas que eles verificam.
    Pedi a pé juntos que me deixasse validar no momento, mas de nada adiantou.
    Nem sequer me disse para sair do autocarro, saíram eles na paragem seguinte, não me deu qualquer papel ou recibo! disse apenas que ia receber uma carta em casa, que "possivelmente é a multa" - palavras dele.
    Segui o meu caminho, transtornada e só com a cabeça na "multa" que ia receber.
    Não compreendo mesmo o critério deles. Foi a primeira vez que viajei sem titulo validado e pimba!
    Acho inadmissível o procedimento dele: perguntar os dados em frente a todos em vez de me pedir para sair e perguntar discretamente, escrever num verso em branco de um papelico os meus dados e não me dar nenhum papel.
    Acham que realmente apanhei multa? Acho isto tudo inacreditável e estou até agora à nora com o assunto e sem saber o que fazer, pensar...

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  4. O mais indignante é alguém que valida sempre, e no unico dia que se esquece de passe e tenta arriscar porque vê inumeras pessoas a fazer o mesmo que esse senhor de cima, no unico dia em que se esquece do passe porque trocou de mala, leva uma multa de 230 €, quando esta pessoa tem passe de navegante, e poderia ir apresentar o passe (como em qualquer cidadania.) MAS NÃO, É FAZER QUEM PAGA , PAGAR MAIS! E os outros levam palmadinhas nas costas.

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  5. Pessoal. Sou erasmos e estou a cinco dias de retornar ao meu país. Ontem por azar meu cartão não validou e como estava cheio o autocarro e não tinha como voltar para comprar com o motorista continuei a andar. Depois de algumas paragens entra e fiscal e me multa com mais outras pessoas. Por ser estrangeira, tenho que pagar a multa?

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  6. Boa noite. Sou erasmo e ontem por azar meu cartão viva não validou. Como estava cheio o autocarro passei. Foi errado! ocorre que o fiscal mais tarde entra e me multa. Estou retornando ao meu país de origem em cinco dias, logo estrangeiro precisa pagar para não ter problemas futuros?

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